Os meus olhos começaram-se abrir, que é isto? Onde estou? Que sonho mais estranho. Perguntava-me vezes sem conta se terei sonhado, começava a ver um rosto a construir-se diante dos meus olhos.
- Onde é que estamos?
- Na enfermaria da escola.
- Porquê?
- Digamos que desmaiaste, o médico disse que ias ficar bem.
- Desmaiei?
- Sim, mas tive um sonho bastante estranho, eu e a…
- Acredita que foi bastante real.
- …
Ela beija-me bochecha e sussurra-me ao ouvido:
- Vai ter comigo ao meu carro depois das aulas, mas não deixes que ninguém te siga.
- Penso que seja melhor você ir ter comigo lá acima, eu escrevo-lhe as indicações no papel.
- Está bem, és um amor. - Assim foi, terminaram as aulas nesse dia e agora ia a caminho de casa, lá estava ela com o carro estacionado no parque um pouco ao pé da minha casa. Pediu-me para entrar. Sentei no banco ao lado dela.
- Hum, vejo que ainda não reparaste que o que aconteceu foi bastante real, ora repara nos teus boxers.
- Deixa-me só descer as calças.
- Sim, porque temos de acabar o que começámos, mas não aqui.
- Provocadora que tu és, esses olhos, esses lábios, o teu corpo, gostaria que fosses minha para sempre.
- Já aí vamos, primeiro vamos terminar o que começámos, é que certamente não me podes deixar ir embora com esta sede, pois não?
- ...
Ela queria terminar aqui no meio deste parque, dentro do seu carro à vista de todos, contudo a rua encontrava-se vazia, não se via ninguém, só se via as nuvens, as folhas, a passar e a voar. Ouvia-se o som do vento. Amanhã vai chover, pensei eu.
Com uma das mãos estimulava-me os testículos, com a outra tocava-se por cima das calças de ganga, ela não podia as tirar, era um perigo. A sua língua subia e descia o meu “pau”, por vezes, dava-lhe beijos com todo o afecto do mundo, por outras roçava os seus dentes na ponta e eu soltava uma pequena gargalhada. Cócegas, quem é que tem cócegas em tal sítio? Eu sabia bem a resposta à minha pergunta, era eu logicamente.
- Cócegas? És o primeiro que encontro assim. – Sorriu para mim.
Continuou afundar os lábios até me ejacular na sua boca, quando me vim foi uma excelente sensação. Estava satisfeito. Ela levantou-se e engoliu o esperma, encostou-se no banco e descansou um pouco. Por sua vez, eu puxei os boxers, depois as calças, vesti-as e apertei-as com o cinto.
Nesse momento notei em algo brilhante, que estava posto num pequeno espaço por baixo do leitor de cd’s , nesse buraco encontrava-se uma aliança.
- Posso tratar-te por tu?
- Podes, mas só fora da escola, só neste tipo de ocasiões sim?
- Está bem, posso-te fazer uma pergunta delicada Mafalda?
- Sim, não há problema nenhum.
- Gostaste? – Não era esta a pergunta que eu queria fazer mas sentia-me nervoso.
- Temos que continuar, pelo menos até ao fim do ano.
- Fim do ano?
- Tens que aprender a diferenciar os sentimentos dos prazeres.
- Então diz-me o que é isto?
- És suficientemente perspicaz para saber o que isso é.
- Mas és?
- Sou.
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