Procuro o rasgar das palavras em busca dos teus lábios, as mãos paradas de encontro ao teu corpo, o cruzamento perpétuo de olhares, a aceleração dos nossos movimentos, do batimento cardíaco, da respiração. Mas não, encontro-me aqui a olhar para ti no meu rico “puff” a ver-te dormir, a rasgar folhas cheia de erros, vírgulas a mais, pontos finais a menos, falas por acabar, histórias a perder o sentido, tudo para não deixar a imaginação a fugir.
Imagino-me a encostar-te à parede, virar-te de costas, subir as minhas mãos até às tuas mamas, beijando e sussurrando ao teu ouvido, no processo mordo-te ao pouco o pescoço, depois ferro os teus nele como tu gostas, gemes e gemes.
Violentamente reviro-te, enquanto esses olhos azul do mar se perdem sobre os meus amargos castanhos. Rompo a tua t-shirt e contemplo o teu superior nu, como nunca o vira, os teus seios entesados, pedem para que os beije e que te observe excitada.
A minha mente encontra-se num estado de corrupção inimaginável, o lápis desliza sobre o papel e só por si já faz escorrer tinta, uma página cheia torna-se em duas rapidamente, o sangue flui, o suor escorre…
Levanto-me e digo-lhe:
-Agora...
Ela ataca-me sem nada dizer: entrelaçando a língua na minha boca, trincando-me os lábios, retirando-me a camisola e com uma mão fez correr as unhas nas minhas costas, que dor num momento de prazer, com a outra ela desceu até às minhas calças, desapertando-as, tirando o cinto, cada vez mais próxima aquela mão, e eu…
Estava cada vez mais teso. Aquela rapariga: rebelde, de cabelo castanho, com maçãs do rosto suaves, com um sorriso lindo e uns olhos especiais, cativaram-me e eu não sabia a razão, simplesmente penetraram-me atenção e eu segui o seu aroma, até que me dei de caras com ela. Agora encontrávamo-nos a sós, no meu quarto, ela sobre a minha cama a dormir e eu louco por ela.
O calor, o momento, a excitação, o prazer, os beijos, as carícias, tudo isso iria culminar em sexo, já não havia forma de parar por mais que quisesse, ela queria-me com todo o desejo e eu só fui de encontro ao que ela desejava.
Fez descer as minhas calças, meteu a mão esquerda entre os meus boxers e puxou a pele devagar, devagar, de momento a momento foi apertando com um pouco mais de força, até estar quase perfeito, perfeito para ela baixar-se, deslizar os lábios já espalhados pelo meu corpo até ao meu pénis. Lá ia ela lentamente… Sabia bem, o movimento da sua boca para a frente e para trás, por vezes calmamente de forma a sentir a sua língua tocar na cabeça e sentir aquele prazer todo, por outras ferozmente para me deixar louco de excitação.
Ela sabia muito bem o que estava a fazer, ela sabia para o que me queria. Acordei no dia a seguir, encontrava-me deitado na cama e ela já tinha partido, o quarto estava uma bagunça total, garrafas de vodka por todo o lado, a caixa de cigarros em cima da secretária, as folhas rasgadas por todo o quarto, e eu nu a pensar: “Desde que tinha tocado nos teus lábios Laura, sempre soube que tinhas sido mal amada, tal como eu.”
adorei Filipe Graça :)
ResponderEliminarmuito bom.
um bom livro que poderias optar por ler:
- O fim da inoscência, Francisco Salgueiro.
nao sei se ja conheces ;)
beijinho* <3
Ta muito bem escrito :)
ResponderEliminargostei.. e gostei especialmente do ultimo parágrafo.
ta bem pensado!
beijocas*
Bem, está muito bom. Adorei embora não tivesse à espera de tamanha expressão. Gosto da maneira como as palavras ai surgem e como lhe dás vida.
ResponderEliminarBeijinhos * Keep it Real!
Gostei bastante ;)
ResponderEliminarJa tinha lido outros textos feitos por ti e sempre gostei de lê-los!
A forma como descreves a situaçao faz com que pareça que se está a realizar á minha frente ;)
Continua a escrever!!
P.S: Sou amiga da Tatiana, Ariana :D